sábado, 2 de abril de 2011

Quis a dor que me causaste que o céu ficasse menos azul. E que as manhãs fossem amargas, azedas, como aquele velho sabor da tua pele suada. Outra vez, mais uma vez... "Apenas" a última vez que... ah, sei lá de quê.
É triste perceber a própria incompetência e confusão no antes, no meio e, sobretudo, no fim.

Tinha uma luz dentro de mim, uma razão, um incentivo que me fazia acordar e ter vontade de levantar. Eu vou encontrar o que não faça apenas domir, até acordada. O que está adormecido em minha alma vai, no momento certo, despertar. E, então, sarará uma ferida, encomendando outra. Mas vai sempre valendo a pena. Não vou, nem posso, confessar meus desejos mais profundos. Esse é um sinal de que nem tudo está perdido e que ainda gosto um pouco de mim, tendo orgulho e outras formas de amor-próprio.


"Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização


Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"


Chico Buarque

2 comentários:

Felipe Braga disse...

Despertará. Despertarás.

É um processo que você tá vivendo, do qual sairá fortalecida. Erguendo esse sorriso com um troféu.

Conte comigo mesmo.

Beijos.

Ah, Chico pra completar o que já é lindo!

Vlad disse...

Uma das minhas músicas preferidas do Chico...