domingo, 12 de julho de 2009

Reflexos desconexos

E a péssima mania de avaliar os outros e tentar desvendar seus atos e pensamentos a partir dos nossos.
Esperar que alguém tome a atitude que você tomaria se estivesse em seu lugar não é usar a si mesmo como referencial e sentir-se no direito de julgar decisões alheias como certas ou erradas?
Mas o que nos leva a ter convicções tão radicais e dizer: "Eu jamais faria isso!"...
Sair por aí e se imaginar em condições adversas não é o suficiente para afirmar o que faria se estivesse nas condições que a pessoa julgada de forma inadequada está.

A gente observa o comportamento das pessoas e cria na mente uma lista de coisas "impraticáveis", memoriza tudo que os pobres fulaninhos fizeram e que você pretende jamais fazer. Considera repugnantes as ações que as pessoas praticam muitas vezes sem perceber. E quando é levado pela desatenção dos raros momentos de emplogação faz tudo aquilo que recriminou nas outras pessoas, e diverte-se. Quanta hipocrisia, hein.

Olha torto para a alegria dos outros... Pobre coitado. Deseja que todos sejam iguais a eles, ou seja, "normais". Que triste ser "normal"... Não sabe o desperdício que é gastar a vida vigiando a dos outros e preocupado em agradar a opinião de gente ainda mais "certinha". Une-se aos donos da razão, aos fiscais de comportamento, para zombar dos felizes, dos ditos esquisitos. Não há como se conformar com esse maldito e incoerente "grau de normalidade".

Nojento é viver como "o popular" rindo das diferenças que as pessoas tem umas das outras e desprezando as estranhesas da vida. É lindo assumir seus impulsos e ser quem é, por mais forçado e intencionado seja esse ser... Isso é escolha de cada um, que tal respeitar as escolhas?

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