sábado, 3 de julho de 2010

Tagarelaço

Se eu desdigo o que eu disse, já não digo.
Se eu redigo o que eu disse, digo e repito.
Completo meu disse-desdisse com um dizer que desde já será desdito:
De que vale o dizer arrependido se o silêncio medroso é recolhido e se torna um deixar de dizer maldito?
Digo, sempre direi.

2 comentários:

Felipe Braga disse...

Bárbara, você me encanta. Sério. Faz-me pensar, refletir, perfeito. São nessas horas que o silêncio fala. E pode machucar.

Beijos.

Mariana disse...

Um poema por dia e a humanidade estaria salva: "De que vale o dizer arrependido se o silêncio medroso é recolhido e se torna/ um deixar de dizer maldito?" Bela reflexão.