quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

É cedo ou tarde demais?

Pois é, eu nunca escrevi nada para você. Nem sobre você, nem sobre nós dois.
Deixei guardadinho aqui comigo, por alguns longos meses, alguns beijinhos agradáveis, alguns olhares cativantes, mãos carinhosas e conversas aleatórias...
Eu exigi demais de você, mas salvei alguns segredos, que até hoje estão seguros. Escutamos algumas canções que, até hoje, não tem jeito, me fazem lembrar de você. E eu me lembro com felicidade, com uma vontadezinha de voltar no tempo e de ser mais tolerante, de te tratar melhor, de não ter te magoado.
Você se achou infantil? Naquela época a criança havia sido eu... Uma criança boba e egoísta, que não sabia ser amada. Achei que eu soubesse amar, mas, logo depois, a vida me provou que eu não sabia. E você, sabe? Se souber, me ensina? Se não souber, que tal aprendermos juntos?
Aposto que você tem medo, ou que não pensa mais em mim. Mas de qualquer forma, nunca saberei te explicar o motivo de você ter ressurgido assim na minha mente. Eu nunca te apaguei do coração, você sempre esteve aqui, num lugar quentinho e confortável... Alguém que nunca me fez mal nenhum!
Não sabemos no que se transformarão nossas vidas, para onde iremos, com quem estaremos e se voltaremos a nos ver um dia. Acho que não vou aguentar passar muito tempo sem te ver... Meus pais estavam certos quando diziam que das melhores coisas só damos falta quando perdemos... Será que estou perdendo você? Estou sentindo a tua falta. (Mas falta de quê?)
As piadas sem graça, os risos de verdade... Os abraços fofinhos... Como eu poderei passar o resto da minha vida sem esses detalhes?
Pode parecer muito estranho e você talvez nunca compreenda essa minha nostalgia amorosa...
Mas é que eu me lembro de cada palavrinha sua... Das tuas mãos suadas e da voz tremida (assim como todo o corpo) ao ter conseguido me dizer com todas as letras que gostava de mim. Ninguém nunca fez isso da forma tão pura, tão linda como você.
Desculpas eu sempre quis te pedir. Mas eu no teu lugar encararia como pretensão de minha parte, pareceria arrogância, me achar capaz de "fazer alguém sofrer por amor".
Você estava certo quando disse que não concordava com quem dizia que o amor era uma merda.

6 comentários:

Unknown disse...

nossa que lindo amiga d.d

H L disse...

"Achei que eu soubesse amar, mas, logo depois, a vida me provou que eu não sabia."

é um eterno aprendizado...

~~Gab disse...

Acho que o importante é correr atrás daquilo que se gostar deixar o orgulho de lado, e não se sabe amar com o tempo você aprende.

Que lindo seu texto, parabéns.

beijo!

Juliana Dias disse...

Nunca é tarde demais. E nunca deixe o orgulho ou as dúvidas te aprisionarem!

Seja feliz, é o que desejo para ti!

beijos!

Shayene Machado disse...

Demasiadamente PROFUNDO! Essa é a palavra certa: PROFUNDO! E que profundidade é essa?! Encantador, desbravador de epidermes e extremamente cativante de um modo intimista particular...
As descrições dos detalhes me encantaram... o prosaísmo me encantou...
É uma felicidade sem igual saber que num mundo tão descartavelmente plastico existem ainda pessoas que escolher se aprofundar nas outras ao invés de viver num mundo de superfícies! Isso sim é um Dádiva!

Meu coração ficou aos pulos de tão alegre! hahaha

Um forte abraço fraterno!
E um apelo: Por favor, não deixe de escrever, sua escrita é muito afetuosa e já me cativou!
Passarei sempre por aqui!

Felipe Braga disse...

Às vezes é tão complicado. Por que as coisas não acontecem todas as vezes no tempo certo?

Mas não é tarde demais. Mostre pra você mesma que não é.
Beijos.