domingo, 21 de junho de 2009

Pontos vulgares

Reflexos...
Nós nascemos com defeito: os olhos voltados para fora.
A possível solução não deu certo: o espelho; nos espelhos vemos o que queremos.
A gente se engana sem querer só por que não quer sofrer, para mim, sofrer é saber que não adianta tentar, nunca é possível encontrar a real visão, pois, as convicções de que se conhece são tão grandes que seria necessário deixar de ser si mesmo para ver de fora e ter ao menos a chance de tentar compreender a verdade, sem julgar pelos ideais.

Deturpar, contorcer, florear...
Apagar luzes que ofuscam nossa visão para tentar enchegar. Mas essas luzes são relevantes, não deveriam ter sido apagadas. Agora se esconde na escuridão onde pensa-se que para compreender a existência caracterizada ao seu entorno é preciso apego somente às próprias certezas. Abandonai repugnantes entorpecentes da mente, as certezas.

Vermelho. Apelo.
Se as cores produzissem som sempre que tocadas, vermelho gritaria de desespero.
Totalmente esperado.
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Algumas palavras têm vagado dentro de mim
Mas eu mesma já as perdi e sei que posso descobrir
É uma tortura vasculhar meu íntimo assim
Mas a sede de vomitá-las me faz insistir
Não é sangue, não é brilho
Não é vício, não é vigor
O tempo só passa quando estou a procurar
A preocupação me ocupa só de pensar
Que perco tudo só por caçar
Aquilo que não perdi, mas quero encontrar

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Inútil

3 comentários:

Diego Brito disse...

A jornada do auto-conhecimento é feita de tanta coisa, que as vezes, perdemos algumas mesmo, ou até mesmo lançamos fora, de volta na escuridão , oque nos causa medo

Anônimo disse...

"Abandonai repugnantes entorpecentes da mente, as certezas."


Isso é muito Kantiniano.

Bárbara disse...

Eu sei =D