domingo, 1 de agosto de 2010

Desfibrilador

Tenho um certo receio de mim quando escrevo. Não que algumas palavrinhas possam me causar algum constrangimento ou arrependimento por tê-las soltado de mim. Bom, que seja. Eu, de alguma forma preciso disso e deve ser desagradável ler as lamúrias de uma pré-poetiza juvenil. Então, vou logo ao que interessa - pelo menos a mim.

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Desfibrilador

'Ninguém sabe mesmo como amar.'
- Alguém que possa ensinar?
Talvez não seja bom aprender.

Será que :
: o vazio do desamor dói mais que
- a angústia apaixonada ?
e dependente
e sorridente
e [des]contente?

Em horas corridas do tempo,
Sem notar que nada mudou, - eu esqueço
- que você me ama!

Esforço-me
Corro contra o vento,
Para recordar-me das palavras - sussurradas -
que você me falou. 'EU TE AMO'

Esta lembrança sossega meu coração.
Mas as horas voltam a passar
(agora ainda mais depressa)
e eu preciso ouvir de novo, recomeça
a minha dor de amor correspondido.
Não é amor bandido,
é fogo ardendo, coração exaurido.
Preciso estar contigo,
meu desfibrilador.

7 comentários:

Izabella Viana disse...

que texto perfeito, Bárbara.

Gustavo Paiva disse...

Tenha certeza: adoramos lamúrias de pré-poetizas quando são assim - verdadeiras! Que coisa linda, Bárbara! Me lembrou muito os poemas que escrevia...a forma como foi desenvolvendo as ideias... o vazio, o desamor. Eu gosto muito disso. Teu espaço é lindo!

Felipe Braga disse...

Bárbara, sou seu fã.
Vejo características barrocas na sua escrita.

Seus jogos de ideias, de palavras formam uma atmosfera completamente voltado ao coração.

Mas, de uma coisa eu tenho certeza: o vazio do desamor dói muito mais que a angústia apaixonada. rs


Beijos.

Viiviih M. disse...

Lindos os seus textos,esse só apenas mais um.
Amei o blog e ja tou seguindo..,segue?
http://viiviihmdiario.blogspot.com/
Beijoos flõr ;*

Franck disse...

Cheguei aqui ao seu 'barbaridades' através do blog da Mariana, me encantei, voltarei com calma e quero colocar uma poltrona e ficar horas por aqui, por isso, sigo-a, não poderia perder o caminho de volta, né?
Um abç e um bom fim de semana!

Ana Carol disse...

Bárbara, gostei muito de seu texto...é profundo, tocou em mim de verdade...não tenha receio de escrever, pois haverá sempre alguém que não vai gostar ou que vai contestar....mas se todos, sem excessão, gostassem, acho que escrever, ou fazer qqr outra coisa na vida, não teria graça...
Continue assim,

Abraços

Anônimo disse...

Lindo, lindo, lindo! Sei que não sou ninguém pra dizer isso, mas, ao meu ver, soube usar muito bem brincar com as palavras, de forma verdadeira, sutil. adorei! Se me permite, quantos anos? haha. um beijo!