domingo, 5 de julho de 2009

Ser único

Querer ser totalmente exclusivo, apavorar-se ao imaginar que pode haver alguém semelhante a si.
Criar para si características que o façam parecer diferente das outras pessoas que conheçe.
Buscar uma identidade individual para ser reconhecido, lembrado e marcante.
Comportar-se, muitas vezes, de maneira que não aprecia em outras pessoas, mas continua agindo assim para causar maior impacto e chocar.
Percebe-se o fracasso dessa missão quando nota que esse desejo que o guia está em quase todo alguém.
O que resta é lamentar...
Lamentar-se pelo tempo perdido na tentativa de ser um "eu" que não existe. Porque o "eu" existente não pode ser montado, não dá para confeccionar uma personalidade para si próprio.
Acaba de distanciar-se ainda mais do seu verdadeiro "eu", ao procurar um molde para seguir.
Sei que o caminho certo de ser único é a naturalidade. Apesar da natureza o aproximar tanto das outras pessoas, já que, têm infinitas características naturais em comum.
A necessidade de se sentir único já é um fator que nos iguala.
Adolescentes vivem esse dilema por ainda não estarem formados, ou melhor, conformados com eles próprios. Ficam tentando ser destaque único de uma forma pouco inteligente, pois se unem em grupos dos "diferentes"... Eles podem ser diferentes da maioria, mas com certeza são muito semelhantes entre si.
Como agir? Da forma que for mais cômoda? Da forma que troxer mais felicidade?
De uma vez por todas... essas são umas das perguntas mais estranhas que eu já me fiz.

2 comentários:

Lorena disse...

Por mais semelhantes que possam parecer, "cada um" é único na totalidade, visto que é impossível um ser idêntico ao outro. Mas existem sim semelhanças, né?
Acho que a gente pode provar isso!

tá demais, Bárbara!

Mel. disse...

Pura loucura de nossas cabeças. No final, acabamos iguais. Afinal, guilhotina é a mesma para todos, hehe!