quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Relato cotidiano

Horário Eleitoral, calor, gripe coletiva, notas despencando e muito sono.
Eu preciso escrever, mas não sobre isso tudo que aflige durante todos os dias normais que tenho vivido ultimamente.
Quero escrever sobre o que tem por trás dessas tragédias e que não tenho deixado tranparecer, sobre os efeitos, além dos visíveis, de acordar às cinco horas da manhã até nos sábados.
O barulho dos ônibus, do despertador, do sinal de fim de recreio, da calculadora ligando e desligando involuntariamente dentro da mochila suja todos os dias. O peso da cabeça sobre os ombros é pequeno perante a incerteza de que serei recompensada por isso. Talvez não mereça mesmo e só esteja um pouco doente, e, por isso, perceba com tanta nitidez que algo de errado está acontecendo comigo. Pode ter sido o primeiro sinal da maldita TPM de agosto chegando... Época na qual fico muito criativa (leia-se depressiva e incoerente).
Querer apenas cochilar durante poucos minutos e acabar acordando do sono profundo depois de quatro horas deveria aliviar esses sintomas, mas como tudo precisa ser o contrário da lógica para parecer real para mim, sinto-me culpada e com um enorme atraso na vida.
Sim, é imbecilidade demais. Mas não dá para escapar da verdade, né?
Esse quase relato não merece ser lido por ninguém, mas algo me diz que muitas pessoas podem se identificar (ou não).
É isso aí.

3 comentários:

Izabella Viana disse...

sim, me identifiquei demasiadamente.

Felipe Braga disse...

Você precisa desabafar mesmo. Se quiser ser mais específica, estarei aqui.

E eu tenho certeza que você será recompensada.

Beijos.

Diego Brito disse...

Já me senti desse modo.
Como quem sabe que deve lutar mas que se cansa por não acreditar na vitória.
os sacrifícios são gigantescos antes de vitória e microscópicos depois dela.
Abração
Adorei a cara nova do teu blog.
Lindo texto.